O MV Helios Ray, um navio israelita que transportava veículos, rumava de Dammam, uma cidade portuária no leste da Arábia Saudita, para Singapura, no momento da explosão que ocorreu quinta-feira ao largo de Omã, segundo uma empresa especializada em segurança marítima.

“A localização do barco, que na altura se encontrava relativamente perto do Irão, pode sugerir que [os autores do ataque] são os iranianos. Mas esta é uma informação que ainda precisa de ser verificada”, disse Gantz, durante uma entrevista televisiva.

“Esta é uma primeira estimativa que leva em conta a proximidade [com território iraniano] e o contexto. Isto é o que eu penso”, acrescentou o ministro da Defesa israelita.

“Embora os pormenores do incidente permaneçam obscuros, há uma possibilidade realista de que o evento tenha sido resultado de (…) atividade militar iraniana”, concluiu também uma agência que está a investigar a explosão, que invoca como razão provável os recentes acordos de normalização diplomática entre Israel e vários estados árabes.

O Departamento de Operações de Comércio Marítimo do Reino Unido, que foi informado da explosão, também já disse que está a investigar o incidente, que provocou “dois buracos com cerca de um metro e meio de diâmetro”, segundo a versão do empresário israelita Rami Ungar, proprietário do navio.

“Ainda não é claro se a explosão foi causada por mísseis ou por minas coladas à embarcação”, acrescentou o proprietário do navio que devia ter chegado hoje a um porto nos Emirados Árabes Unidos.