"Ainda não há progressos", afirmou um funcionário do Hamas à agência Reuters. "Não há nenhuma mudança na posição da ocupação e, portanto, não há nada de novo nas negociações do Cairo", adiantou ainda o funcionário, que pediu para não ser identificado.
Esta informação vem desmentir o que tinha sido avançado pelo canal de televisão estatal Al-Qahera News, do Egipto, que citou uma fonte egípcia de alto nível que afirmou terem sido feitos progressos nas conversações, depois de ter sido alcançado um acordo entre as delegações participantes sobre as questões em discussão.
Esta ronda de negociações, que decorre em total secretismo, teve lugar na noite de domingo na capital egípcia entre as partes em conflito— Hamas e Israel — e os mediadores — Egito, Qatar e Estados Unidos.
As delegações dos Estados Unidos e de Israel "vão retirar-se" hoje e as consultas "prosseguem nas próximas 48 horas", indicou ainda o Al Qahera News.
Também as delegações do Qatar e do movimento islamita palestiniano Hamas "vão partir e regressar ao Cairo dentro de dois dias", precisamente no início do Eid al-Fitr, festividade que encerra o mês sagrado do Ramadão.
No regresso, vão acordar "os termos do acordo final", a partir dos "eixos básicos" já alcançados entre todas as partes.
Desde antes do início do Ramadão que se tenta chegar a um acordo de tréguas, que inclua um cessar-fogo e a troca de reféns israelitas em Gaza por prisioneiros palestinianos nas prisões israelitas, mas todas as tentativas falharam até agora devido à rejeição das exigências.
A atual proposta em negociação podia resultar num cessar-fogo de seis semanas na Faixa de Gaza, bem como na libertação de 40 dos reféns detidos pelo Hamas, incluindo soldados do sexo feminino, homens com mais de 50 anos e outros homens com problemas médicos graves.
Em contrapartida, Israel libertaria 700 prisioneiros palestinianos, de acordo com meios de comunicação social norte-americanos e israelitas.
No domingo, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, reiterou que não haverá trégua sem que os 133 reféns ainda detidos pelo Hamas regressem a casa, acrescentando que Israel não vai ceder a "exigências extremas" dos islamitas.
De acordo com os últimos dados do Ministério da Saúde de Gaza, 33.175 pessoas foram mortas na guerra que começou há seis meses, depois de o Hamas ter atacado território israelita, a 07 de outubro, matando cerca de 1.200 pessoas.
[Notícia atualizada às 09:59]
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