O ministro informou os familiares da refém Liri Albag, que protagoniza um vídeo divulgado hoje pelo Hamas, “dos esforços em curso para libertar os reféns, incluindo a delegação israelita que partiu ontem (sexta-feira) para conversações no Qatar”.

Segundo um comunicado do gabinete de Katz o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, deu “diretrizes precisas para a continuação das negociações”.

O gabinete do líder do executivo israelita fez saber, por seu lado, que em conversa telefónica, Netanyahu assegurou aos pais de Albag que se continua a “trabalhar arduamente para trazer os reféns para casa”.

“O primeiro-ministro assegurou-lhes que Israel continua a trabalhar incansavelmente para trazer Liri e todos os reféns de volta a casa, e que os esforços estão em curso, mesmo neste momento”, segundo a mesma fonte.

O líder israelita notou que partilha “a angústia” depois de ver aquele que é o primeiro vídeo a ser divulgado de Albag desde que foi raptada pelo Hamas, a apenas um quilómetro de Gaza, e o primeiro sinal de vida em mais de um ano.

“O primeiro-ministro reitera que quem se atreve a fazer mal aos nossos reféns assume a responsabilidade”, concluiu a nota.

O Presidente israelita, Isaac Herzog, também telefonou aos familiares da refém para lhes manifestar o seu apoio e disse-lhes que esperava que a delegação israelita permanecesse à mesa das negociações até que todos os reféns ainda detidos em Gaza fossem libertados.

Desde o início da guerra, Israel e o Hamas só conseguiram chegar a um acordo de tréguas durante uma semana, no final de novembro de 2023, que permitiu libertar 105 reféns – 81 israelitas e 24 estrangeiros (23 tailandeses e um filipino) – em troca de 240 prisioneiros palestinianos.

Dos 251 raptados a 07 de outubro de 2023, 96 permanecem no enclave, dos quais pelo menos 34 estão confirmados como mortos.

Na sexta-feira, a delegação israelita retomou as conversações em Doha com os mediadores do conflito – Egito, Estados Unidos e Qatar – depois de terem sido novamente bloqueadas nas últimas semanas.

O Hamas também enviou a sua delegação à capital do Qatar e afirmou, em comunicado, que espera que o acordo “chegue o mais rapidamente possível” para “proteger o povo palestiniano do genocídio”.

O grupo palestiniano insistiu que irá colocar em cima da mesa as suas duas principais exigências: a retirada das tropas da Faixa de Gaza e o regresso das pessoas deslocadas às suas casas.

Foram convocados protestos para esta noite, hora local, em Telavive e outros locais israelitas para exigir um acordo para a libertação dos reféns.

Em Jerusalém, a polícia prendeu quatro pessoas esta tarde, hora local, após protestos perto da residência do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque do Hamas em solo israelita em 07 de outubro de 2023, que provocou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma operação em grande escala no enclave palestiniano, que já matou mais de 45 mil pessoas segundo as autoridades locais, e deixou o território destruído, a quase totalidade da população deslocada e mergulhada numa grave crise humanitária.