Israel enfrenta uma onda de indignação da comunidade internacional, depois de as suas forças atacarem, pelo segundo dia consecutivo, os capacetes azuis da ONU no Líbano.
A força da ONU, UNIFIL, que está instalada entre o Líbano e Israel, informou, esta sexta-feira, que dois capacetes azuis do Sri Lanka ficaram feridos perto da fronteira com o território israelita, após dois soldados indonésios terem ficado feridos na quinta-feira, num ataque.
Além das explosões ouvidas perto da torre de controlo da ONU, os “tanques israelitas avançaram” e “uma escavadora derrubou fragmentos de uma parede de proteção” de uma posição da UNIFIL em Labboune.
O ataque contra as forças da ONU provocou diversas reações.
Na quinta-feira, a Casa Branca expressou a sua “profunda preocupação”, enquanto Itália chegou a mencionar a possibilidade de classificar os incidentes como “crimes de guerra”.
Já esta sexta-feira, França convocou o embaixador de Israel.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que o incidente constitui “uma violação do direito humanitário internacional”, enquanto a UNIFIL disse que estas ações “representam um grande risco para as forças de paz”.
O Exército israelita anunciou que abriu uma investigação, mas garantiu que disparou em direção a uma "ameaça" em Ras al-Naqoura, que estava localizada perto da posição das forças da ONU.
(Notícia atualizada às 19h38)
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