“O Brasil é um país cristão, nós somos contra o aborto, nós somos contra a ideologia de género, nós defendemos a família, nós defendemos a propriedade privada, nós queremos armas de fogo para o cidadão de bem”, afirmou Bolsonaro, numa intervenção no estado de Goiás, citado pelo portal Uol Notícias.
“Todos vocês, cidadãos de bem, sabem que a arma, em especial em locais mais distantes, é a garantia da vida de vocês e para todos nós aqui. Não se esqueçam que povo armado jamais será escravizado”, prosseguiu o líder brasileiro.
Bolsonaro tem defendido por várias vezes o reforço do armamento de civis, desde que tomou posse no dia 01 de janeiro de 2019.
Este discurso em defesa do armamento surge um dia depois da imprensa brasileira ter denunciado que o ex-secretário nacional de Fomento e Incentivo à Cultura, André Porciúncula, propôs a utilização de verbas destinadas ao apoio cultural (entre as quais dinheiro destinado às celebrações do bicentenário da independência do Brasil) para financiar conteúdos pró-armas.
Num vídeo a que o portal Agência Pública teve acesso, é possível ver que a, 28 de março, na Convenção Nacional Pró-armas, o responsável propõe “trazer filmes sobre o armamento, da importância do armamento para a civilização, a importância do armamento para garantir a liberdade humana”.
André Porciúncula detalhou ainda que, este ano, devido às celebrações do bicentenário da independência do Brasil, o país tem 1,2 mil milhões de reais (240 milhões de euros) a serem destinados a conteúdos culturais que podem ser usados em documentários, filmes e outros formatos para as redes sociais.
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