"No passado debate quinzenal na Assembleia da República coloquei ao senhor primeiro-ministro as carências que existem no sistema e proteção civil. Tivemos uma resposta de que, aparentemente, tudo está em desenvolvimento, mas a verdade é que essa notícia veio demonstrar que há muita coisa por fazer, que não estamos preparados para enfrentar uma tragédia idêntica à do ano passado, por exemplo", declarou.

Falando aos jornalistas à margem da visita que hoje realizou às feiras francas de Fafe, o dirigente comunista acrescentou: "Não é aceitável. Como é que um Estado, numa questão estratégica que é a nossa segurança, a segurança das populações, pode continuar a entregar aos privados o sistema de proteção civil".

Ainda a propósito do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP), Jerónimo de Sousa reafirmou que "os privados estão ali por razões do lucro", criticando o Estado por se "desresponsabilizar" por "aquilo que é uma questão de segurança nacional, de segurança das populações".

"É uma questão estratégica e o Governo não pode continuar a assistir a este marca-passo, a estas carências, e não praticar no concreto as medidas que a Assembleia da República aprovou", defendeu.