“Admito que muitos portugueses continuam a ter um distanciamento muito grande em relação à União Europeia, às suas instituições, mas, como digo, a solução é participar [para combater a abstenção]”, referiu o secretário-geral do PCP, falando aos jornalistas depois de votar no Grupo Desportivo de Pirescoxe, em Santa Iria da Azóia, no concelho de Loures.

Jerónimo de Sousa salientou também a necessidade de os jovens combaterem a abstenção, tomando “nas suas mãos o destino”, uma vez que através do voto “também se constrói o futuro”.

Utilizando como exemplo o Grupo Desportivo de Pirescoxe – onde vota desde as primeiras eleições em Portugal após o 25 de Abril – o dirigente comunista referiu que “sempre esta terra teve um grande grau de participação [em eleições], incluindo dos jovens”, algo que, “de facto, é positivo” e uma “coisa rara”.

O secretário-geral do PCP considerou que a “consciência que não está totalmente apurada” em relação à União Europeia é o grande motivo para as elevadas percentagens de abstenção, mas a “solução deve ser ao contrário”.

“Os portugueses têm nas mãos as suas escolhas e que o façam participando neste ato eleitoral”, advogou, acrescentando que maior participação significa que os portugueses podem “ter vozes no Parlamento Europeu”.

Cerca de 10,7 milhões de eleitores são hoje chamados a eleger os 21 deputados portugueses ao Parlamento Europeu, numas eleições a que concorrem 17 listas.

Votam para as eleições ao Parlamento Europeu cerca de 400 milhões de cidadãos dos 28 países da União Europeia, que elegem, no total, 751 deputados.