“Não posso admitir que seja o escolhido”, respondeu o secretário-geral do PCP, numa entrevista à rádio Observador, questionado sobre a possibilidade de o comité central vir a escolhê-lo para um novo mandato no XXI Congresso Nacional, em 27, 28 e 29 de dezembro, em Loures, distrito de Lisboa.
E respondeu a grande parte das perguntas sobre a sua continuação como secretário-geral dos comunistas, pontuadas com risos e sorrisos, como quando um dos entrevistadores, Miguel Pinheiro, concluiu que, pelo que estava a dizer, “vai continuar no cargo”.
“Perceção sua”, comentou Jerónimo, para depois rebater outra pergunta sobre se surgirá um candidato saído “das brumas”, com a frase: “Não, o meu partido nunca é prisioneiro de soluções únicas.”
Jerónimo de Sousa voltou a dizer que a questão do secretário-geral “não será um problema” e que o PCP tem uma forma “trabalhosa” de eleger o líder diferente dos restantes partidos que têm “candidatos a chefes”.
“O secretário-geral não é um órgão. É eleito pelo comité central que, por sua vez, é eleito em congresso. Isto dá trabalho”, disse.
Quanto à realização do congresso, Jerónimo considerou inaceitável o adiamento do seu adiamento, por estarem em causa direitos constitucionais que o estado de emergência não altera, e afirmou, com um sorriso, que “só uma desgraça” na direção poderia alterar os planos.
Em entrevista à rádio Observador, Jerónimo de Sousa afirmou que o congresso, com metade dos delegados e sem convidados, nacionais e estrangeiros, está a ser preparado respeitando “as orientações da parte da Direção-Geral de Saúde (DGS)”, cumprindo “normas e preceitos” para a “salvaguarda da saúde e bem-estar dos delegados”.
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