“Os deputados do PCP e do PEV (partidos que constituem a coligação CDU) não transitam entre a Assembleia da República e os conselhos de administração dos bancos e grupos monopolistas. Não entram nessa roda giratória, nem fazem parte dessa equipa”, afirmou.
Jerónimo de Sousa falava, em Mirandela, Trás-os-Montes, num discurso em que sublinhou o que considera que distingue os eleitos da CDU dos restantes partidos, e que promete vincar ao longo da campanha para as legislativas de 06 de outubro.
“Temos diferenças e é bom que as clarifiquemos: somos uma força que tem uma forma distinta de estar no poder, os eleitos da CDU não são beneficiados, nem prejudicados pelo exercício de cargos públicos, o que recebem é o que auferiam nas suas profissões e atividades”, apontou.
O secretário-geral do PCP reiterou que, “por mais que o digam, os partidos não são todos iguais, há muitas diferenças e não é só de projeto, é também no plano da ética no exercício dos mandatos e na relação com os recursos públicos”.
“Os deputados eleitos pela CDU não dão a morada da casa onde não vivem, nem recebem viagens a dobrar”, insistiu.
A CDU apresentou hoje a arqueóloga Fátima Bento como cabeça de lista pelo circulo eleitoral de Bragança, onde aquela força política nunca teve eleitos, mas parte para estas legislativas “convicta que nada impede de eleger deputados” .
O plano estratégico de desenvolvimento regional que a CDU propõe para a região assenta na concretização da regionalização, numa estratégia de reforço do investimento público e na aposta do aproveitamento de todas as potencialidades do distrito.
A candidata enumerou reivindicações como a reposição das freguesias, a gestão pública da água acessível a todos, a efetivação do apoio à agricultura familiar, a revitalização do complexo agroindustrial do Cachão, a valorização integrada do território para dinamização do turismo.
A CDU preconiza ainda o aproveitamento dos recursos naturais respeitando o seu equilíbrio, a recuperação da mobilidade das populações pela reabilitação e ampliação da rede viária, reativação do caminho-de-ferro e efetivação de soluções de transporte público a preços acessíveis nos concelhos e entre os concelhos”.
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