Hoje, segundo dia da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), “verificou-se uma presença na cidade que está em linha com aquilo que tínhamos antes do pico de ontem [terça-feira]”, contabilizando-se “de 600 a 700 mil pessoas na cidade”, explicou o autarca aos jornalistas, durante uma conferência de imprensa no Centro de Coordenação de Mobilidade de Lisboa.

Segundo Filipe Anacoreta Correia, “cerca de 25% da população é estrangeira”, o que é possível perceber pela utilização do serviço de roaming.

Se na terça-feira, as pessoas estiveram focadas “nuns momentos em Algés, noutros em Belém, noutros no Terreiro do Paço ou no Parque Eduardo VII”, hoje a sua presença “foi muito mais diversificada em toda a cidade” e também “muito mais tranquila”.

“Tem havido reporte de situações absolutamente pontuais, mas muito em linha com uma gestão perfeitamente tranquila e não temos nada de muito extraordinário a participar”, frisou.

Filipe Anacoreta Correia considerou que tem havido “uma capacidade muito grande de gerir todas as situações”.

Uma curiosidade que referiu foi o facto de a Polícia Municipal ter diminuído a atividade no que respeita aos reboques.

“Não tem tido muitas situações, o que significa que os moradores, os trabalhadores, os residentes na cidade de Lisboa” repensaram as suas rotinas, afirmou, acrescentando que “alguns decidiram sair da cidade, outros, estando na cidade, têm estado com menos mobilidade”.

No seu entender, “isso também tem permitido criar condições especiais de viver a cidade”, sublinhou.

O vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa admitiu que o cenário “tem sido exigente”, mas garantiu que “as equipas estão muito focadas, numa atitude de vigilância ininterrupta”.

“O nosso dever é estar focados e isso tem-se verificado em todas as entidades”, assegurou o autarca, acrescentando que, até agora, “a avaliação é muito positiva”.

Questionado sobre a rede de transportes públicos, admitiu que “houve situações pontuais de sobrecarga”, comparáveis a eventos como grandes jogos de futebol ou espetáculos.

Mais de um milhão de pessoas são esperadas em Lisboa até domingo para a JMJ, considerado o maior acontecimento da Igreja Católica e que conta com a presença do Papa Francisco.

As principais iniciativas da jornada decorrem no Parque Eduardo VII, na zona de Belém e no Parque Tejo, um recinto com cerca de 100 hectares a norte do Parque das Nações e em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.