O deputado, que foi o primeiro ministro da Cultura do Governo de António Costa, escreveu na rede social Facebook que não integrar as listas foi uma “decisão pessoal comunicada ao secretário-geral do PS, presidente do partido, e à secretária-geral adjunta, ainda antes das eleições para o Parlamento Europeu”.
“Decisão que não resulta de nenhum cansaço especial, de vontade de reforma, ou muito menos de afastamento dos meus ideais de sempre, ou do partido político a que orgulhosamente pertenço, o PS. Pelo contrário, continuo firmemente apostado nos combates políticos do PS. Determinado a participar ativamente na próxima campanha eleitoral legislativa”, sustentou, sublinhando o “apoio firme ao Governo”, em que teve “o prazer de participar”.
João Soares frisou o seu apoio à “solução política de esquerda” que deu “solidez parlamentar e tempero político”: “Apoiante antes mesmo de ter existido, espero que possa continuar no futuro”.
“Estarei empenhado nas frentes de combate onde julgar, ou julgarem, que posso ser útil. E for oportuno. Com a determinação, entusiasmo, e alegria de sempre”, escreveu João Soares.
O até agora deputado socialista foi ministro da Cultura durante quatro meses, no início do governo de António Costa, pedindo a demissão depois de uma polémica envolvendo os colunistas Augusto M. Seabra e Vasco Pulido Valente.
Na altura, João Soares escreveu na sua página da rede social Facebook que devia "duas bofetadas salutares" a Augusto M. Seabra e a Vasco Pulido Valente.
João Soares foi presidente da Câmara Municipal de Lisboa entre 1995 e 2002, em coligação com o PCP, assumindo o mandato depois de Jorge Sampaio deixar a autarquia da capital rumo à Presidência da República.
Com Sampaio na liderança da autarquia lisboeta, Soares foi vice-presidente e vereador da Cultura entre 1990 e 1994, altura em que Lisboa foi Capital Europeia da Cultura (1994), e em que foi criada Casa Fernando Pessoa (1993), entre outros equipamentos da Câmara.
Em 2001, venceu as eleições para a presidência da Câmara de Lisboa, sem alcançar maioria absoluta.
Durante a sua presidência de Câmara, realizaram-se as demolições dos bairros de barracas da capital, nomeadamente o da Curraleira, junto às Olaias, e o do Casal Ventoso, em Campo de Ourique, no âmbito do Programa Especial de Realojamento (PER).
De 1994 a 1995, João Soares foi também deputado ao Parlamento Europeu e foi membro do Conselho de Estado, de 1999 a 2002.
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