Num comunicado divulgado na terça-feira, a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) disse desejar juntar-se às críticas da Associação de Jornalistas de Hong Kong, depois de vários profissionais de Hong Kong terem sido impedidos de entrar em Macau, primeiro nos dias após a passagem do tufão Hato e depois durante a campanha eleitoral e dia de eleições legislativas.
“Restringir o movimento de jornalistas e funcionários de meios de comunicação dificulta a capacidade de noticiar livremente e, em última instância, impede a liberdade de imprensa. A situação dos jornalistas de Hong Kong que se deslocam a Macau continua a não ser clara e levanta questões sobre a liberdade de imprensa na região”, afirmou o gabinete para a Ásia Pacífico da FIJ.
“Juntamo-nos à Associação de Jornalistas de Hong Kong e apelamos a todos os jornalistas para que peçam explicações aos governos de Macau e Hong Kong sobre o porquê de as suas deslocações e movimentos serem restringidos”, acrescentou a organização.
No domingo, a Associação de Jornalistas de Hong Kong lamentou que 13 jornalistas tivessem sido impedidos de entrar em Macau, nos dias anteriores às eleições, considerando que a política “restritiva” das autoridades representa “um perigo para a liberdade de imprensa”.
A postura das autoridades também já mereceu críticas da Associação de Imprensa em Português e Inglês de Macau (AIPIM), que no final de agosto, tinha afirmado que a proibição de entrada de jornalistas “prejudica a imagem” da Região Administrativa Especial chinesa.
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