Portugal entra na rota do movimento internacional “End Fossil Occupy!” que desde o início do semestre foi responsável pela ocupação de escolas nos Estados Unidos e na Alemanha.

Este movimento, que em português se traduz por "Fim Ao Fóssil: Ocupa!”, exige o fim dos combustíveis fósseis, a nível internacional, e a demissão do ministro da Economia e do Mar]António Costa e Silva.

A ação prevê a ocupação de escolas secundárias e universidades de forma pacifica, e assumem diferentes moldes, tendo diferentes reivindicações locais.

Em Lisboa estão previstas ações nas escolas secundárias Liceu Camões e António Arroio, bem como nas faculdades de Letras e de Ciências da Universidade de Lisboa, no Instituto Superior Técnico e na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Avenida de Berna.

Numa dessas escolas, o Liceu Camões, o pátio encheu-se com cerca de meia centena de alunos logo pela manhã, relatou Alice Gato. Noutra, a escola artística António Arroio, a ocupação começou mais tarde, pouco depois das 11:00 e juntou mais de uma centena de estudantes.

Percorreram os corredores da escola e concentraram-se junto aos portões para se fazerem ouvir, entoando em uníssono cânticos reivindicativos, e mostrarem como as preocupações climáticas os unem. Dizem que só saem se os tirarem de lá e, se puderem, ficam a dormir na escola até ao final da semana.

“Se nós não agirmos, ninguém vai agir por nós. Desta vez estamos a ocupar os nossos espaços escolares, as nossas escolas e as nossas universidades, que são os sítios que nos deveriam estar a preparar para um futuro melhor mas esse futuro não existe”, disse à Lusa Alice Gato,  porta-voz do núcleo de Lisboa, acrescentando que “com a casa está a arder” é necessário “parar tudo e apagar o fogo em conjunto”.

“Estamos a criar disrupção da normalidade para que as nossas reivindicações sejam atendidas: o fim aos combustíveis fósseis até 2030 e demissão imediata do ministro da Economia e do Mar”, concluiu.

“Utilizaremos diversas táticas e iniciativas criativas com o objetivo de suster a disrupção e fazer crescer a ocupação”, lê-se no comunicado que termina com um apelo à participação na marcha pelo clima de dia 12 de Novembro, às 14:00, no Campo Pequeno, uma iniciativa organizada pela coligação “Unir Contra o Fracasso Climático”.

*Com Lusa