“Trata-se de uma embarcação cheia de água que pode pesar 2.500 toneladas, não vou correr o risco de a puxar, pode partir-se”, afirmou Marta Yanez aos jornalistas.

A juíza pediu aos oficiais da Marinha argentina a bordo do navio da empresa que localizou o submarino que lhe entreguem as fotografias tiradas no sábado com o módulo submarino usado para descobrir o submarino no fundo do Oceano Atlântico.

“Prefiro conservar a prova como está, porque a eventual subida à superfície implica uma possível rutura ou só se conseguirá cortando-a em partes”, acrescentou.

A empresa Ocean Infinty recolheu 67 mil imagens do submarino San Juan, afundado a 400 quilómetros da cista.

O ministro argentino da Defesa reconheceu no sábado que o Governo não tem meios para trazer à superfície o submarino

O submarino, que desapareceu a 15 de novembro de 2017 e foi descoberto na sexta-feira, no Oceano Atlântico, sofreu uma “implosão”, avançou o comandante da base naval de Mar del Plata.

“O submarino sofreu uma implosão. Encontra-se alojado numa cavidade a mais de 900 metros de profundidade, o que impediu a sua localização pelos radares”, disse Gabriel Attis, avançando existirem três imagens autorizadas pela justiça para serem mostradas aos familiares das vítimas, tiradas durante a descoberta, da vela, da hélice e da seção da proa.

No final de 2017 e no início de 2018, navios de uma dúzia de países tinham tentado localizar o submarino, sem sucesso, e a Marinha argentina prosseguiu a busca com poucos recursos.

A 15 de novembro de 2017, o submarino, de fabrico alemão, comunicou pela última vez a sua posição, quando regressava do porto austral de Ushuaia à sua base no mar da Prata.