O anúncio deste mandado de prisão coincide com outro emitido contra Carlos Ghosn, ex-CEO da Renault-Nissan, no início de janeiro, pela Interpol, dias depois da sua fuga para o Líbano.
Segundo um comunicado da Procuradoria de Tóquio, Carole Ghosn terá dado declarações falsas à Justiça japonesa em abril de 2019, ao ser questionada sobre as suas reuniões com uma pessoa, cujo nome não foi revelado.
A segunda mulher de Ghosn liderou a campanha para que o seu marido fosse libertado, defendendo a sua inocência. Carole criticou os procuradores japoneses e enviou pedidos de ajuda ao presidente francês e à Casa Branca para que o seu marido fosse libertado .
Carlos Ghosn, ex-presidente do conselho de administração e ex-presidente executivo do grupo Nissan e da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, foi detido em Tóquio em 19 de novembro de 2018 por suspeita de abuso de confiança e evasão fiscal.
Detido vários meses no Japão, o empresário foi libertado em março de 2019, após o pagamento de uma caução. No início de abril passado, foi novamente detido e outra vez libertado sob caução. No final desse mesmo mês, Ghosn ficou sob detenção domiciliária, a aguardar julgamento por evasão fiscal, entre outros crimes.
Os advogados e a família de Carlos Ghosn têm criticado fortemente as condições da detenção do empresário, bem como a forma como a justiça nipónica tem gerido os procedimentos deste caso.
Ghosn chegou à Nissan em 1999 como presidente executivo para liderar a recuperação do fabricante, com sede em Yokohama, nos arredores de Tóquio, depois de ter oficializado uma aliança com a francesa Renault.
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