“O tribunal ordenou que ficasse em prisão preventiva”, adiantou Jerebenkov, citado pela agência pública Ria Novosti.
O advogado disse ainda ter apelado da decisão e pedido que Whelan fosse libertado sob caução.
Uma fonte que não quis ser identificada próxima do dossiê confirmou à agência Interfax que o norte-americano foi oficialmente acusado de espionagem, uma acusação que Whelan rejeita.
Segundo o seu advogado, o norte-americano “comporta-se de modo construtivo” e é “tratado humanamente e com profissionalismo pelos investigadores”.
O Serviço Federal de Segurança (FSB, antigo KGB) da Rússia anunciou na segunda-feira que tinha detido Paul Whelan a 28 de dezembro, “enquanto realizava atividades de espionagem”.
Num comunicado, o FSB especificava que tinha aberto um processo-crime contra o norte-americano, ao abrigo do artigo 276 do código penal (sobre espionagem), acrescentando que prosseguia a investigação sobre o caso de espionagem, um delito que na Rússia é punível com até 20 anos de prisão.
O embaixador dos Estados Unidos em Moscovo, Jon Huntsman, visitou Whelan na prisão de Lefortovo, na capital russa, segundo o Departamento de Estado.
Nascido há 48 anos no Canadá, Paul Whelan é o diretor de segurança internacional do grupo BorgWarner, um fabricante de peças do setor automóvel com sede em Detroit, segundo o seu irmão David Whelan.
Nos últimos meses, o FSB denunciou um aumento das atividades de espionagem de outros países em território russo, em resposta a acusações feitas pelo Ocidente.
Moscovo denunciou várias tentativas de interferir nas eleições presidenciais de março passado, que reelegeram o presidente russo, Vladimir Putin, para um último mandato.
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