"Não de maneira bilateral sem a Ucrânia, não. A Ucrânia deve ter voz sobre o futuro da Ucrânia", disse Kamala em entrevista ao programa "60 Minutes" da emissora CBS, após ser questionada sobre a possibilidade de se reunir com o líder russo para negociar o fim da guerra.
A um mês das eleições presidenciais, Kamala tentou marcar uma clara distância do seu rival Donald Trump sobre um tema crucial na política externa americana.
"Se Donald Trump fosse presidente, Putin estaria sentado em Kiev agora mesmo, sejamos claros", insistiu."Ele diz: 'Oh, posso acabar com ela [a guerra] no primeiro dia'. Sabe o que é isso? É uma rendição."
Trump garante que, se regressar ao poder, acabará com a guerra da Ucrânia antes mesmo de tomar posse em janeiro, mas nunca especificou como.
"Apoiamos a capacidade da Ucrânia para defender-se contra a agressão não provocada da Rússia", disse Kamala Harris.
No final de setembro, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky visitou os Estados Unidos e reuniu-se com o presidente Joe Biden, e também com Kamala e Trump.
À Ucrânia preocupa a perda do apoio dos Estados Unidos em caso de vitória de Trump, porque o republicano tem sido um crítico da enorme ajuda militar e financeira de Washington a Kiev.
Kamala também disse na entrevista que discutiria a proposta de adesão da Ucrânia à aliança militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) quando a situação "chegar a esse ponto".
Enquanto isso, Biden prometeu que a "Rússia não vai vencer" e, no seu último encontro com Zelensky, anunciou um "aumento de ajuda em matéria de segurança". E Kiev continua a esperar autorização para disparar mísseis de longo alcance de fabrico norte-americano contra o território russo.
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