“Das 28 aeronaves transferidas para Kiev até agora, a Polónia enviou até catorze caças MiG-29”, destacou a delegação polaca junto da UE, numa nota divulgada na rede social Twitter.
Da mesma forma, a representação diplomática polaca vincou que Varsóvia também lidera a ajuda à Ucrânia na entrega de tanques.
Kiev recebeu um total de 575 tanques, dos quais 325 são polacos, de acordo com a mesma fonte.
Depois da Polónia, quem mais forneceu tanques de guerra foram os Países Baixos (85), seguidos da Alemanha (80) e dos Estados Unidos (76).
A maioria destes tanques de combate são Leopards de fabrico alemão e Abrams norte-americanos.
Logo após terem desbloqueado o impasse alemão para o fornecimento dos Leopard, as autoridades ucranianas estabeleceram como objetivo principal que os aliados ocidentais fornecessem aviões de combate para reforçar as suas capacidades aéreas contra a Rússia.
No entanto, por enquanto, apenas a Polónia e a Eslováquia mostraram abertura para essa possibilidade, enquanto os restantes aliados, principalmente os Estados Unidos, se recusaram a entregar os seus F-16, os caças mais modernos e pretendidos pela Ucrânia.
O porta-voz da Força Aérea Ucraniana, Yuri Ignat, lamentou no final de março que os caças MiG-29 que tinham solicitado não correspondessem às suas expectativas e pediu aviões de combate mais modernos e multifuncionais.
A Ucrânia tem recebido armamento e material logístico ocidental incluindo veículos blindados sendo que vários países têm treinado os efetivos ucranianos, tendo em vista uma contra ofensiva ucraniana contra a invasão russa, que tem sido referida nas últimas semanas por fontes de Kiev.
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse hoje que os militares ucranianos precisam de mais tempo para prepararem uma contra ofensiva capaz de fazer recuar as forças de ocupação.
Em entrevista à estação de televisão pública britânica BBC, Zelensky considerou que seria “inaceitável” projetar um assalto militar neste momento porque existe o risco da “perda de muitas vidas”.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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