O representante do comando da força aérea ucraniana, Yuriy Ihnat disse na televisão ucraniana que os drones “voaram do sul, 43, dos quais 37 foram eliminados” e que “todas as forças e meios – aviação, sistemas de mísseis antiaéreos e outras forças de defesa – estiveram envolvidos”.
“Pelo menos 86% dos aparelhos destruídos são Shahed (de fabrico iraniano). Este não é um mau resultado para estes alvos”, referiu Ihnat.
A força aérea ucraniana apelou ao público para que deixe as tropas ucranianas fazer o seu trabalho, face a uma imagem a circular nas redes sociais que mostra um homem a tentar disparar contra um objeto voador a partir de uma janela.
“Não há necessidade de disparar pela janela”, disse Ihnat, avisando que as balas disparadas em áreas densamente povoadas podem atingir inocentes, especialmente as de espingardas de caça.
O representante do comando da força aérea acrescentou que a Ucrânia espera agora que os seus parceiros reforcem o seu sistema de defesa aérea para cobrir o máximo possível do território da Ucrânia.
Anteriormente, o ministro do Interior, Denis Monastyrsky, tinha relatado que a Rússia tinha atacado a Ucrânia com 42 drones ‘kamikaze’, 36 dos quais foram abatidos.
“O ataque deveria exceder os de segunda-feira passada, quando houve bombardeamentos de mísseis, mas não aconteceu”, disse o ministro, dizendo que demonstrou que a Rússia não tinha conseguido atingir o seu objetivo.
Os serviços de emergência ucranianos anunciaram hoje que recuperaram os corpos de quatro pessoas após um ataque russo com ‘drones’ em Kiev, enquanto na região de Sumy morreram mais quatro pessoas com um míssil.
Segundo o presidente da Câmara de Kiev, Vitaliy Klitschkó, esta manhã houve um total de cinco explosões na capital ucraniana, todas causadas por ‘drones’ Shahed de fabrico iraniano.
O Serviço de Emergência do Estado informou ainda que um míssil russo atingiu um prédio administrativo de uma subestação elétrica em Sumy, no norte do país, tendo sido retirados dos escombros quatro corpos e três pessoas vivas.
Na região de Dnipropetrovsk (centro), uma pessoa ficou ferida na sequência de um ataque com um míssil nas instalações de uma subestação elétrica, acrescentaram os serviços de resgate.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas — mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,6 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.306 civis mortos e 9.602 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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