A decisão sobre a permanência de Isaías Samakuva à frente do partido foi tomada durante os trabalhos da terceira reunião da Comissão Política do partido, cujo término, previsto para hoje, só acontece domingo, devido a atrasos nas discussões.
Segundo a fonte partidária, “a sugestão dos membros da Comissão Política é que termine o mandato, em 2019″, tendo este sido o voto da maioria.
Os trabalhos continuam a decorrer, devido ao elevado número de inscrições no debate sobre o relatório financeiro e contas, que não foram esgotadas durante o período da manhã como se previa, informou ainda a mesma fonte.
A reunião abordou assuntos sobre o calendário político para 2018, o orçamento e contas do partido e a intenção manifestada por Isaías Samakuva de deixar a presidência da UNITA.
Isaías Samakuva foi eleito presidente do partido em 2003, na sequência da morte em combate, no ano anterior, do líder e fundador da UNITA, Jonas Savimbi, o que levou ao fim da guerra civil de quase 30 anos em Angola.
A 27 de setembro, o líder da UNITA anunciou que pretendia abandonar a liderança, colocando o seu lugar à disposição no arranque de um novo ciclo político em Angola, após as eleições gerais de 23 de agosto, em que o partido ficou no segundo lugar.
“Afirmei aos angolanos, antes e durante a campanha eleitoral, que depois das eleições deixaria o cargo de presidente da UNITA para servir o partido numa posição diferente [concorria a Presidente da República]. Mantenho e reafirmo esta decisão”, disse Isaías Samakuva.
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