“Irei completar o meu mandato de cinco anos como Chefe do Executivo no dia 30 de junho deste ano e também encerrarei os meus 42 anos de serviço público”, disse Lam, em conferência de imprensa.

A líder de Hong Kong afirmou que já tinha partilhado a decisão com o Governo Central, em Pequim, em 2021, tendo sido recebida com “respeito e compreensão”.

O mandato de Carrie Lam ficou marcado por enormes protestos pró-democracia em 2019 e pela implementação, em 2020, de uma lei de segurança nacional que implica penas que vão até à prisão perpétua.

A imprensa de Hong Kong avançou que o número dois de Lam, John Lee, o responsável pela tutela da segurança durante os protestos de 2019, deverá entrar na corrida para sere o próximo chefe do Executivo da cidade.

O líder de Hong Kong é eleito por um comité composto por legisladores, representantes de várias indústrias e profissões e também próximos de Pequim, incluindo deputados do território no parlamento chinês.

Uma das exigências feita pelos manifestantes em 2019 foi a eleição direta do chefe do Executivo da cidade.

Hong Kong estava inicialmente programada para realizar a eleição do chefe do Executivo em 27 de março, mas a votação foi adiada por seis semanas, até 08 de maio, numa altura em que a cidade vivia a pior vaga da covid-19 desde o início da pandemia.

Lam disse que realizar as eleições como originalmente programadas ia criar “riscos para a saúde pública”, apesar da votação envolver apenas um comité de 1.462 pessoas.