“Relativamente à reunião de hoje com o Partido Social Democrata, ela terá como objeto de análise as eleições autárquicas, onde o CDS sempre referenciou o PSD como o seu parceiro preferencial, e onde entendemos que da aliança entre estes dois partidos poderão nascer projetos vencedores capazes de derrotar a esquerda a nível de poder local”, afirmou.

Francisco Rodrigues dos Santos falava aos jornalistas na sede do partido, em Lisboa, no final de uma reunião com a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada.

A reunião entre PSD e CDS, anunciada hoje de manhã pelos sociais-democratas, decorre à tarde com a presença dos líderes e dos secretários-gerais dos dois partidos: Rui Rio e José Silvano (PSD), Francisco Rodrigues dos Santos e Francisco Tavares (CDS-PP).

“Em todas as câmaras em que se entender que estes dois partidos juntos podem conseguir vitórias eleitorais e derrubar a esquerda, eu creio que haver a possibilidade de coligação é forte, desde que coloque sempre os interesses de cada concelhos acima da agenda partidária de cada uma dessas forças de centro-direita”, defendeu o presidente democrata-cristão.

Em entrevista à Lusa publicada hoje, Rodrigues dos Santos afirmou que “têm sido tomadas algumas diligências” para um “acordo chapéu” que espera poder “estar concluído e assinado a breve trecho”.

No caso da Câmara de Lisboa, por exemplo, considerou mesmo que uma coligação PSD/CDS-PP é a “única hipótese” para derrotar o atual presidente daquela autarquia, o socialista Fernando Medina.

Questionado na conferência de imprensa se o Chega poderá integrar algum acordo para as autárquicas, o líder centrista foi taxativo: “Em eleições autárquicas, já o afirmei, não haverá nenhum tipo de entendimentos com outros partidos à direita do CDS”.

Já quanto às legislativas, voltou a dizer que o CDS-PP não rejeita “um voto pela sua origem”.

“Isto é, quaisquer votos parlamentares que sirvam para aplicar um programa do CDS, as nossas ideias, as nossas propostas e os nossos valores, nós estamos disponíveis para o receber”, explicou.

Ainda assim, salientou que o seu objetivo é “dar músculo ao CDS, reforçar a sua capacidade de penetração eleitoral, ter uma massa social maior que o apoie, para que PSD e CDS prescindam de outros partidos para poder formular uma solução de governo”.

Na entrevista à Lusa, o presidente do CDS-PP alertou que "entendimentos à direita sem o CDS são altamente instáveis, inviáveis e perigosos para a vida do país".

Nas últimas eleições autárquicas, em 2017, PSD e CDS assinaram um acordo-quadro que definiu que, "para efeitos de repartição de votos e da subvenção pública", o critério de divisão pelas coligações seria de 80% para o PSD e 20% para o CDS-PP.

Há quatro anos, o CDS-PP conquistou mais uma câmara do que em 2013, ficando com seis autarquias, apesar de ter descido em número de votos (em 2013 conseguiu 152.006 votos e em 2017 apenas para 134.311).

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