Não foi à primeira tentativa, mas Inês conseguiu associar o número do passe Navegante gratuito às bicicletas da EMEL na aplicação da Empresa de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa, e pode, assim, passar a viajar de Gira sem custos pela cidade.

Inês foi a primeira a experimentar a integração do sistema Gira com o passe Navegante, que a partir de hoje está disponível para todos jovens residentes em Lisboa, com mais de 16 e menos de 23 anos, e também para os cidadãos com mais de 65 anos, que já têm este passe gratuito.

Segundo o presidente da câmara, Carlos Moedas (PSD), o objetivo é avançar nas medidas para a descarbonização da cidade, pelo que, a partir de 05 de junho, a iniciativa estará também disponível para todos os residentes em Lisboa que comprarem o passe.

“Todos eles, a partir de hoje, com menos de 23 anos e mais de 65, é só chegar aqui na aplicação, mostrar que têm o passe Navegante gratuito e fica gratuito [o uso das bicicletas Gira]. Os outros, têm que provar que vivem em Lisboa e, portanto, a partir do dia 05 de junho, indo às lojas da EMEL, provam que vivem em Lisboa e também será gratuito [o uso de bicicletas]”, explicou Carlos Moedas, salientando que a prova de residência nas lojas da EMEL poderá ser feita com “uma fatura da eletricidade ou uma fatura qualquer de casa” que comprove a residência.

Apesar de não estar prevista uma fiscalização, Carlos Moedas confia que os lisboetas continuarão a ter a responsabilidade de deixar as bicicletas arrumadas numa doca, até porque são conhecidos “muito poucos casos dessa falta de responsabilização”.

O autarca afirmou ainda que a iniciativa “é um movimento” que faz parte “do conjunto daquilo que é a descarbonização da cidade e que começou com os transportes públicos gratuitos” e que agora vai passar para a mobilidade suave”.

“É agora o meu objetivo, como presidente da câmara, o meu objetivo como político, que haja no futuro uma gratuidade dos transportes públicos no geral. Agora tem que ser passo a passo, tem que ser gradual”, acrescentou.

Carlos Moedas defendeu que toda a Área Metropolitana de Lisboa deveria ser um exemplo e iniciar o caminho para a gratuitidade dos transportes públicos para os mais novos e para os mais velhos, mas reconheceu que isso “depende dos outros presidentes de câmara”.

A nova modalidade de acesso gratuito às Gira foi apresentada numa pequena cerimónia junto a uma das seis novas estações com docas de atrelagem, em Telheiras, na freguesia do Lumiar, entre as ruas Professor Carlos Teixeira e Professor Simões Raposo, com lugar para 16 bicicletas.

Além desta nova estação, abriram hoje outras cinco estações, duas em Santa Maria Maior – na Doca da Marinha (com 40 lugares) e na Ribeira das Naus (com 27) -; em Carnide, junto ao Metro (20 lugares); em São Domingos de Benfica, entre a Avenida Columbano Bordalo Pinheiro e a Rua de Campolide (17 lugares); e em Benfica, entre as ruas Tenente Coronel Ribeiro dos Reis e Conde de Almoster (17 lugares).

Em Lisboa, segundo a câmara, existe agora um total de 2.840 docas de estacionamento.

O número de Gira ronda as 1.000 bicicletas e o objetivo, segundo Carlos Moedas, é duplicar o número, para as 2.000.

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