Lista de Rio ao Conselho Nacional elege 21 membros e a apoiada por Montenegro 16
A lista da direção de Rui Rio ao Conselho Nacional elegeu 21 dos 70 membros deste órgão, enquanto a lista de Paulo Cunha, apoiada por Luís Montenegro, conseguiu 16.
De acordo com informações avançadas à Lusa, a lista mais votada foi a de Rio, que tem como número um o eurodeputado Paulo Rangel, tendo obtido 249 votos do total de 867 votantes (28,7% dos votos expressos)
Seguiu-se a lista M, encabeçada pelo presidente da Câmara de Famalicão, Paulo Cunha, com 191 votos (22%).
No último Congresso, em 2018, a que concorreram oito listas ao Conselho Nacional, Rio conseguiu 34 dos 70 eleitos, mas depois de construir uma lista de unidade com o então candidato derrotado Pedro Santana Lopes.
Empatadas com nove mandatos (102 votos) ficaram as listas B, de Carlos Eduardo Reis, deputado por Braga, - que já disse que será “solidário” com o líder Rui Rio - e a V, do líder da distrital do PSD, Bruno Vitorino, que apoiou o ex-candidato à liderança Miguel Pinto Luz.
Segue-se a lista X, composta na totalidade por sociais-democratas abaixo dos 35 anos, encabeçada pelo líder da JSD Coimbra José Miguel Ferreira, com sete mandatos (80 votos), e da J, de Joaquim Biancard Cruz (que integra o deputado Duarte Marques e a eurodeputada Lídia Pereira), com cinco conselheiros (63 votos).
A lista F de Alexandre Barros Cunha conseguiu dois lugares no Conselho Nacional (23 votos), enquanto a E liderada por Tiago Sá Carneiro (apoiante de Pinto Luz) e a D do antigo líder da distrital de Setúbal Luís Rodrigues elegeram apenas o primeiro nome de cada lista (com 16 e 15 votos, respetivamente)
De fora do Conselho Nacional, ficou Maria José Cruz, das Mulheres Sociais-Democratas de Lisboa, que, com nove votos, não foi eleita.
Nesta eleição, feita pelo método de Hondt, votaram 867 delegados, tendo nove optado pelo voto branco e oito pelo nulo.
O Conselho Nacional é o órgão máximo do partido entre Congressos e representa, habitualmente, as várias sensibilidades do PSD.
Comissão Política de Rui Rio eleita com 62,4%, resultado mais baixo desde 2007
A Comissão Política Nacional do presidente do PSD, Rui Rio, foi hoje eleita com 62,4% dos votos, disseram à Lusa fontes sociais-democratas.
Apenas Luís Filipe Menezes, em 2007, com 61,8%, teve uma votação mais baixa do que Rui Rio.
A lista de Rui Rio foi eleita com 541 votos favoráveis, 227 brancos e 99 nulos. Registaram-se 867 votantes.
Há dois anos, a direção de Rio foi eleita com 64,7% dos votos, naquela que foi então a votação mais baixa desde 2007, quando Luís Filipe Menezes obteve 61,8%.
O PSD mudou os estatutos e adotou as eleições diretas em 2006, deixando de escolher o líder em congresso. Na reunião magna continuam a ser eleitos os órgãos nacionais como a Comissão Política Nacional.
A nova direção tem dois novos vice-presidentes, o deputado André Coelho Lima, que já era vogal da Comissão Política, e a deputada e ex-autarca de Rio Maior Isaura Morais.
Deixam o cargo de vice-presidentes Elina Fraga e o presidente da Comissão Política Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro.
Mantêm-se como vice-presidentes David Justino, Isabel Meireles, Nuno Morais Sarmento e Salvador Malheiro e José Silvano continua como secretário-geral.
Em lista única, a Mesa do Congresso, que volta a ser presidida por Paulo Mota Pinto, foi eleita com 62,4% dos votos, já que recolheu 539 votos favoráveis, 229 brancos e 98 nulos.
A Comissão Nacional de Auditoria Financeira, liderada por Fernando Sebastião (que foi mandatário distrital de Rio nas últimas diretas em Viseu) conseguiu 66,1%, com 573 votos favoráveis, 209 brancos e 85 nulos.
No 38.º Congresso do PSD, que hoje termina em Viana do Castelo, estavam inscritos 948 delegados.
Paulo Colaço derrota Negrão e vai ser presidente do Conselho de Jurisdição
A lista de Paulo Colaço foi a mais votada para o Conselho de Jurisdição Nacional (CJN), que irá presidir a este órgão, derrotando a lista da direção, encabeçada pelo ex-líder parlamentar do PSD Fernando Negrão.
Fontes sociais-democratas disseram à Lusa que a lista de Paulo Colaço - ex-membro da Jurisdição - conseguiu eleger cinco dos nove membros, a da direção três e José Miguel Bettencourt, que também pertenceu ao CJN no último mandato, elegeu-se apenas a si próprio.
A lista de Ricardo Sousa não elegeu qualquer membro para a Jurisdição.
Nesta eleição votaram 867 delegados, tendo-se registado 22 brancos e cinco nulos.
A lista A, encabeçada por Negrão, obteve 264 votos, a de Paulo Colaço 393 votos, a de José Miguel Bettencourt 124 e a de Ricardo Sousa 55 votos.
Paulo Colaço, que se demitiu no último mandato do CJN em divergências com o dirigente Paulo Mota Pinto, anunciou a sua candidatura novembro.
Hoje, quando foi chamado o seu nome para tomar posse, Colaço recebeu dos mais fortes aplausos da sala, a par do eurodeputado Paulo Rangel para o Conselho Nacional.
Paulo Colaço anunciou em janeiro do ano passado a sua renúncia ao cargo de membro da Jurisdição e uma ação disciplinar a pedir a destituição de Paulo Mota Pinto de presidente da Mesa do Conselho Nacional e do Congresso.
A decisão aconteceu três dias depois de um Conselho Nacional extraordinário do PSD - suscitado pelo pedido de diretas antecipadas por Luís Montenegro - durante o qual todos os membros presentes deste órgão jurisdicional abandonaram a sala da reunião, depois de Paulo Mota Pinto ter recusado seguir um parecer seu, que considerava que os estatutos forçavam uma votação secreta da moção de confiança à direção de Rui Rio.
Nessa reunião, Paulo Mota Pinto decidiu levar o requerimento à votação do Conselho Nacional e os conselheiros acabaram por aprovar, de braço ar e por mais de 70% dos votantes, que a moção de confiança à direção de Rui Rio seria decidida por voto secreto, sendo aprovada com quase 60% de votos favoráveis do Conselho Nacional.
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