O Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, tem enfrentado manifestações diárias e um movimento de greve convocado pela oposição, desde que foram anunciados os resultados que lhe atribuíram 80% dos votos, contra 10% de Svetlana Tikhanovskaia.
A principal opositora está refugiada na Lituânia, país que acolhe muitos bielorrussos no exílio.
Professora de inglês de 37 anos, recente na política, Svetlana Tikhanovskaia transformou a campanha presidencial na Bielorrússia ao reunir multidões sem precedentes nos seus comícios e ganhar o apoio de outros oponentes.
A oposição denunciou a eleição presidencial como fraudulenta e milhares de bielorrussos saíram às ruas por todo o país para exigir o afastamento de Lukashenko, o que gerou uma violenta repreensão pelas forças de segurança, com quase 7.000 pessoas detidas, dezenas de feridos e três mortos.
Na quarta-feira, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, afirmou que a UE está solidária com o povo da Bielorrússia e vai apoiá-lo, e que sancionará os responsáveis pela fraude nas eleições presidenciais e pela violência, pois “não aceita impunidade”.
Um dos maiores protestos da oposição na história da Bielorrússia realizou-se há uma semana, com várias dezenas de milhares de pessoas reunidas em Minsk para exigir a saída do chefe de Estado, mas o Presidente já rejeitou a possibilidade de realizar novas eleições presidenciais.
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