Em resposta à Lusa, a direção de informação da televisão pública portuguesa indicou que a equipa de reportagem deslocou-se na quinta-feira a Hong Kong, a cerca de 60 quilómetros, e, no regresso a Macau via ferry, foi "retida para identificação e interrogatório pelo controlo de segurança alfandegário durante uma hora e meia".
A direção de informação da RTP acrescentou que "o material de reportagem foi sujeito a vistoria, mas sem qualquer apreensão do mesmo. A equipa prosseguiu o seu trabalho normalmente e editou uma peça sobre a manifestação de Hong Kong que foi emitida no Telejornal", referiu-se na resposta à Lusa. A notícia tinha sido avançada pelo canal em português da Rádio Macau.
O caso levou a Associação de Imprensa em Português e Inglês de Macau (AIPIM) a apelar às autoridades de Macau para que "o livre exercício da profissão esteja assegurado na plenitude".
"Perante situações recentes de jornalistas do exterior que viram a entrada negada ou que foram inquiridos prolongadamente nas fronteiras de Macau", a AIPIM "lamenta essas situações e faz um apelo às autoridades de Macau para que seja respeitada a livre circulação de jornalistas e que o livre exercício da profissão esteja assegurado na plenitude", indicou a associação, num comunicado enviado às redações.
Esta manhã, o Gabinete de Comunicação Social (GCS) de Macau alertou os 'media' que se deslocam ao território para as comemorações do 20.º aniversário do estabelecimento da Região Administrativa Especial chinesa e posse do V Governo para a necessidade de procederem a um "pedido de importação de equipamento".
"Caso planeiem fazer-se acompanhar de equipamentos de grande dimensão durante a passagem pela Alfândega de Macau, devem enviar ao Gabinete de Comunicação Social, por e-mail, os documentos necessários", indicou o GCS em comunicado.
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