A declaração da presidência francesa surge na sequência das acusações dos Estados Unidos ao regime sírio de Bashar al-Assad, na noite de segunda-feira, sobre a preparação de um novo ataque químico, e referindo estar pronto a ripostar à semelhança do sucedido após um presumível ataque químico em Khan Sheikoun (norte), que no início de abril provocou pelo menos 88 mortos.
A advertência norte-americana foi motivada por uma atividade suspeita na base aérea síria de onde partiu o anterior ataque, segundo o Pentágono.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, interrogado na tarde de hoje pela agência France-Presse (AFP) sobre se a França possuía informações semelhantes, optou por não responder.
O Presidente Trump ordenou ataques de represálias na noite de 6 para 7 de abril contra uma base aérea das forças de Damasco e, segundo uma fonte diplomática, sem avisar a França.
Em agosto de 2013, um ataque com armas químicas perto de Damasco, que segundo os serviços de informações norte-americanos provocou 1.400 mortos, quase desencadeou uma intervenção militar conjunta da França e EUA, em nome da “linha vermelha” delineada pelo então presidente Barack Obama.
No entanto, Obama renunciou no último minuto, optando por estabelecer um acordo com Moscovo sobre o desmantelamento do arsenal químico sírio. Paris manifestou então um profundo desacordo com o seu aliado norte-americano.
No final de maio, e ao receber o Presidente russo Vladimir Putin em Versalhes, Macron retomou o princípio da “linha vermelha” e afirmou que a França retaliaria, mesmo estando só, em caso de ataque químico.
No decurso da conversação telefónica, Emmanuel Macron aproveitou para convidar Donald Trump a assistir ao desfile do 14 de julho em Paris, com o Presidente norte-americano a responder que iria “examinar a possibilidade” desta deslocação, referiu à AFP fonte da presidência francesa.
O chefe de Estado francês “renovou o seu convite ao Presidente Trump e à sua esposa para virem assistir ao desfile do 14 de julho”, a festa nacional francesa, que celebrará “os 100 anos da entrada em guerra dos Estados Unidos ao lado das tropas francesas durante a Primeira Guerra Mundial”, declarou a mesma fonte.
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