“Há um ano, Fariba Adelkhah foi arbitrariamente presa no Irão. É inaceitável que ainda esteja na prisão. A minha mensagem para as autoridades iranianas: a justiça exige que nossa compatriota seja imediatamente libertada”, escreveu o Presidente numa mensagem publicada no Twitter.
Fariba Adelkhah foi condenada em 16 de maio a cinco anos de prisão por “conspiração para colocar em risco a segurança nacional” iraniana, num julgamento descrito como “político” por Paris e que pesa bastante nas relações entre os dois países.
A prisão da antropóloga em junho de 2019 foi denunciada pela França, que exige a sua libertação, assim como por um comité em seu apoio estabelecido em Paris.
Fariba Adelkhah, especialista em xiismo, foi investigadora do Centro de Investigação Internacional (CERI) do Instituto de Estudos Políticos de Paris (Sciences Po).
O Irão não reconhece a sua dupla nacionalidade.
O seu julgamento teve início em 03 de março na 15.ª câmara do Tribunal Revolucionário de Teerão. A segunda audiência ocorreu em 19 de março, de acordo com o seu advogado.
O seu colega e companheiro, Roland Marchal, preso em junho de 2019 quando visitava Fariba Adelkhah, foi libertado no final de março após um engenheiro iraniano ameaçado de extradição para os Estados Unidos, Jalal Rohollahnejad, ter sido libertado em França.
Visto que “pelo menos duas pessoas deveriam estar envolvidas” na acusação de “conspiração para pôr em risco a segurança nacional”, a segunda pessoa em questão deverá ser Marchal, cujo caso não foi arquivado, apesar da sua libertação, disse o advogado da investigadora, Said Dehghan, em 16 de maio.
Segundo o advogado, a acusação de “propaganda contra o sistema político” refere-se à opinião da investigadora sobre o uso do véu no Irão, pois mais do que observações de uma académica, são antes de tudo um “julgamento de valor” para as autoridades iranianas.
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