A garantia foi dada hoje pelo presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, à margem da abertura de um supermercado no maior bairro social da região, na zona da Nazaré, em São Martinho, no concelho do Funchal, no qual residem cerca de 7.000 pessoas e que representou um investimento de meio milhão de euros e criou 15 novos postos de trabalho.
“Neste momento, a maioria dos turistas que vêm já estão vacinados e é uma das formas de garantir atratividade ao destino: é o teste ser feito na Madeira de forma gratuita”, afirmou o chefe do executivo madeirense.
O governante realçou que esta medida está em vigor, admitindo que se os visitantes chegarem com o teste antigénio efetuado na origem “é mais compensador para o Governo Regional”.
Albuquerque argumentou que, “nesta época festiva, uma forma de garantir a atratividade para a Madeira é esta facilidade, ao contrário de outros destinos onde [as pessoas] têm de fazer o teste e pagar preços altíssimos”.
E exemplificou com o que acontece em França e na Inglaterra, onde os testes rápidos antigénio “são muito caros".
“Aqui [na Madeira] temos esta facilidade. E uma benesse para garantir uma boa atratividade para o nosso destino e também que é um destino que garante testagem de sete em sete dias, que é algo que estamos a fazer e vai ter consequências positivas no controlo da pandemia”, argumentou.
O responsável madeirense recordou que a testagem semanal é uma medida decidida em Conselho do Governo Regional que se vai manter até 31 de dezembro, sendo a situação pandémica reavaliada depois dessa data pelas autoridades regionais.
Na reunião da passada quinta-feira, o Governo da Madeira deliberou o prolongamento do estado de contingência no arquipélago até ao final do ano.
Entre as medidas em vigor estão a obrigatoriedade do uso de máscara em espaços interiores e exteriores, a exigência de apresentação, em alguns casos em simultâneo, de um teste antigénio semanal negativo e do certificado de vacinação, para acesso a diversos espaços, nomeadamente, discotecas, restaurantes e recintos desportivos.
O chefe do Governo, de coligação PSD/CDS-PP, reforçou que, depois de terem sido contestadas e consideradas prematuras, “as pessoas já perceberam” qual foi a intenção do executivo quando aplicou estas medidas.
“Perceberam o que queríamos dizer e porque tomámos aquelas medidas, que no fundo são preventivas, profiláticas, dão alguma maçada, que é mínima, atendendo ao benefício, que é manter a economia a funcionar, as pessoas poderem conviver no Natal com as devidas precauções”, acrescentou.
Albuquerque realçou que “as pessoas estão a cumprir” com medidas como o uso de máscaras, distanciamento e realização dos testes.
Questionado sobre a possibilidade de alteração das medidas devido ao regresso dos estudantes nesta quadra, respondeu: “São as que estão em vigor”, adiantando que não haverá alterações.
Este cenário apenas se colocaria, o que considerou “improvável”, se acontecesse “alguma alteração das circunstâncias, nomeadamente uma sobrecarga dos serviços covid-19 e nos cuidados intensivos, o que, neste momento, não está a acontecer”.
De acordo com os últimos dados divulgados pela Direção Regional de Saúde (DRS), na quinta-feira, a Madeira sinalizou 90 novos casos de covid-19 e 86 recuperações, reportando um total de 798 infeções ativas no arquipélago, com 25 doentes hospitalizados.
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