“A última informação que tenho indica que mais de 100 pessoas foram levadas para postos policiais por incorrer em faltas administrativas”, declarou a porta-voz do Ministério do Interior da Bielorrússia, Olga Chemodánova, citada pela agência Interfax.

A organização de direitos humanos Viasná (Primavera) publicou a meio da tarde uma lista que será atualizada mais tarde, com nomes e apelidos de 83 detidos, a grande maioria em Minsk, a capital.

“Vamos regressar às ruas!”, foi o apelo divulgado nas redes sociais a convocar os habitantes da capital para um protesto contra Lukashenko.

Desde o início da manhã, as autoridades colocaram em Minsk um enorme dispositivo policial para impedir as manifestações da oposição.

Em comunicado, as autoridades advertiram também que “as pessoas que respondam à convocação e participem em atividades não autorizadas serão sancionadas segundo o código civil”.

A Bielorrússia atravessa uma crise política desde as eleições de 09 de agosto, que segundo os resultados oficiais reconduziram Alexander Lukashenko, no poder há 26 anos, para um novo mandato, com 80% dos votos.

A oposição considera a eleição fraudulenta e reivindica a vitória nas presidenciais.

Desde então, milhares de bielorrussos têm saído regularmente às ruas por todo o país para exigir o afastamento de Lukashenko, manifestações reprimidas com violência pelas forças de segurança da Bielorrússia.