O relatório da Presidência do Conselho de Ministros libanesa indica ainda que os bombardeamentos israelitas continuam a concentrar-se no sul do país, nomeadamente nos distritos de Tyre, Marjayoun e Bint Jbeil, zonas que o exército israelita ordenou que fossem evacuadas para ataques aéreos pesados, presumivelmente em preparação para um ataque terrestre contra as forças do movimento extremista pró-iraniano Hezbollah, que ali têm redutos.
A violência dos ataques obrigou mais de 1,2 milhões de pessoas a abandonar as suas casas, a deslocarem-se para casa de familiares, apartamentos alugados, hotéis, a fugir do país ou a procurar refúgio nos 931 abrigos criados pelo Governo.
O número de vítimas aumentou após Israel ter lançado um total de 153 ataques em diferentes partes do Líbano, sobretudo nos subúrbios do sul, leste e sul de Beirute, conhecidos como Dahye, bastião do Hezbollah.
Israel intensificou os bombardeamentos no Líbano desde 23 de setembro, depois de uma ofensiva de 11 meses na Faixa de Gaza, que se seguiu a um ataque do grupo extremista palestiniano Hamas em solo israelita, a que se seguiu um ataque do Hezbollah, grupo considerado terrorista por União Europeia e Estados Unidos.
As forças israelitas iniciaram operações terrestres “limitadas” no sul do Líbano na madrugada de terça-feira, embora o grupo xiita libanês Hezbollah afirme que está a conter a ofensiva, que até agora está a ter lugar nas aldeias mais próximas da linha divisória comum.
No último ano, segundo o governo, mais de 2.000 pessoas foram mortas e perto de 9.500 ficaram feridas em ataques israelitas em diferentes partes do Líbano.
O relatório refere que a maioria das vítimas ocorreu cerca de duas semanas após o início da campanha de bombardeamentos israelitas em massa.
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