"Mulheres em marcha até sermos livres", "as ricas pagam... as pobres sangram", ou "aborto livre agora", podiam ler-se nos cartazes empunhados numa marcha pacífica que terminou em frente ao palácio de la moneda, sede do Governo.

A 03 de agosto do ano passado, o Chile aprovou a lei que despenalizou o aborto em três situações: inviabilidade do feto, perigo de vida para a mãe e gravidez após violação.

Um grupo de deputados, em conjunto com a plataforma #AbortoLegaleSeguro, anunciou que vai apresentar um projeto de lei para regulamentar a interrupção voluntária da gravidez para todos os casos até às 14 semanas de gestação.

A ideia é "que nunca uma mulher possa ser condenada à prisão por tomar a decisão de interromper a sua gravidez", disse o senador do Partido Para a Democracia (PPD) Guido Girardi, que lidera o projeto.

"Por isso elaborámos um projeto de lei que vamos apresentar na próxima semana com várias senadoras, e esperamos que se juntem também senadores, na ideia de abrir no Chile um debate, um processo democrático, um espaço de reivindicação de direitos e autonomia", acrescentou, citado pelo portal da rádio Cooperativa.

Sobre a iniciativa, a ministra da Mulher e da Igualdade de Género, Isabel Plá, disse que "em democracia não há temas proibidos", mas reiterou a posição "invariável nesta matéria" do Governo do Presidente Sebastián Pinera "que é a defesa da vida".