Segundo a tutela, citada pela agência de notícias espanhola Efe, os números reais de mortos e feridos são mais elevados do que os avançados hoje, uma vez que estes não incluem os milhares de desaparecidos que permanecem sob os escombros e não podem ser resgatados devido à falta de maquinaria pesada, entre outras razões.

O balanço diário do Ministério da Saúde refere também que nas últimas 24 horas os bombardeamentos israelitas mataram pelo menos 59 pessoas e feriram 273.

O exército israelita tem, desde quinta-feira, bombardeado as diferentes zonas da Faixa de Gaza com uma intensidade crescente, mas com maior ênfase no norte.

Só no bairro de Shujaiya, na parte oriental da cidade de Gaza, 11 civis foram mortos depois de jatos israelitas terem bombardeado uma casa, informou a agência noticiosa oficial palestiniana, Wafa.

Os soldados israelitas fizeram também explodir edifícios residenciais no campo de Jabalia, no norte, e, no sul, cinco pessoas, incluindo pessoal de segurança e de empresas privadas, foram mortas num ataque a um veículo.

Israel aumentou o número de alvos contra a polícia e o pessoal de segurança do Hamas, que, na maioria dos casos, estão encarregados de guardar os camiões que transportam ajuda humanitária.

Também hoje, o exército israelita confirmou que as suas tropas continuam a operar no norte da Faixa de Gaza e que, na última semana, destruíram um complexo na zona de Beit Hanoun, onde os comandantes do Hamas estavam “entrincheirados”.

Em comunicado, a instituição afirmou que o complexo servia “como centro terrorista” e continha posições de tiro antitanque, armadilhas, poços, numerosos explosivos e locais de lançamento para atacar o território israelita.

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque do Hamas em solo israelita em 07 de outubro de 2023, que provocou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma operação em grande escala no enclave palestiniano, que matou acima de 45 mil habitantes, segundo as autoridades locais, e deixou o território destruído, a quase totalidade da população deslocada e mergulhada numa grave crise humanitária.

O Tribunal Penal Internacional emitiu em novembro passado mandados de captura contra o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, o antigo ministro da Defesa da Israel Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, que as forças de Israel dizem estar morto.

Em causa estão as ações israelitas realizadas na Faixa de Gaza e os ataques do Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel.