A linha 'Eu quero viver' salienta mesmo que todos os que entraram em contacto farão parte das forças russas, dado que foram exigidos os dados pessoais e ainda o número da cédula militar.

A grande maioria destas deserções terão sido de militares que estavam na linha da frente, de acordo com o governo de Volodymyr Zelensky, sendo que o call center, inicialmente com base em Kiev, foi recentemente transferido para um outro local secreto.

O jornal de The Guardian dá também outros detalhes deste serviço, referindo que todos aqueles que se rendem têm depois a oportunidade de fazerem parte das trocas de prisioneiros organizadas entre os governos russo e ucraniano ou permanecer sob custódia com a possibilidade de permanecerem na Ucrânia ou emigrar.

Vitaly Matvienko, um dos responsáveis do departamento de prisioneiros de guerra, contou ao jornal britânico que há duas etapas nesta rendição através do call center. “A primeira etapa são soldados russos mobilizados, parcialmente mobilizados, ainda não mobilizados, que ligam para esta linha direta para este e dizem: ‘Vou render-me. Depois ele é obrigado a deixar-nos os seus dados pessoais. Depois chegar a território ucraniano, é obrigado a ligar novamente e dizer: 'Vou render-me' e os operadores ucranianos ajudam-no a chegar a um local seguro onde se encontrará com as forças especiais ucranianas”, revelou.

Este serviço funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana, e é visto como "totalmente bem-sucedido", com 50 a 100 chamadas e mensagens para o canal Telegram do serviço recebidas todos os dias.