Em comunicado enviado às redações, a Direção-Geral da Saúde (DGS) informa ter atualizado as normas 015/2020 e 019/2020, ambas concernindo aspetos da testagem à covid-19.
De acordo com a DGS, as mudanças passam pelo "o alargamento da utilização de testes laboratoriais a todos os contactos (de alto e de baixo risco)" e pela "disponibilização generalizada de testes rápidos de antigénio (TRAg) nas unidades de saúde do SNS".
As autoridades de saúde informação ainda que vão proceder à "implementação de rastreios regulares com TRAg em contextos particulares como nas escolas e setores de atividade com elevada exposição social (trabalhadores de fábricas, trabalhadores da construção civil, entre outros)".
Estas mudanças, refere a DGS, foram tomadas "atendendo à situação epidemiológica atual, quer pela emergência das novas variantes de SARS-CoV-2, quer pela diminuição da incidência diária de casos de infeção", para "reforçar e alargar as indicações para a realização de testes laboratoriais de forma a antecipar um desconfinamento controlado, e otimizar a capacidade laboratorial do país, gradualmente expandida durante o ano de 2020".
"A Direção-Geral da Saúde (DGS) acompanha a evidência científica, as recomendações internacionais e o consenso de peritos e parceiros nacionais e internacionais, nas suas recomendações para o combate à pandemia covid-19", sublinhou, realçando que, por isso, "revê em permanência as suas recomendações, tendo ainda em atenção o contexto epidemiológico existente".
A entidade liderada por Graça Freitas assinalou ainda que "a utilização de TRAg tem sido progressivamente alargada, quer ao nível dos locais onde os TRAg podem ser realizados, quer ao nível dos profissionais que os podem realizar".
Também hoje a ministra da Saúde, Marta Temido, defendeu a necessidade de uma testagem massiva à covid-19, não descartando a hipótese da realização de testes gratuitos.
"Acompanhamos inteiramente a necessidade de utilizar massivamente testes, desde testes PCR, a testes rápidos de antigénio, até aos testes de saliva que já se encontram também disponíveis, independentemente das recomendações que recebemos recentemente", afirmou Marta Temido na Comissão de Saúde, na Assembleia da República.
Por isso, sublinhou, "já exortamos a Direção-Geral da Saúde a rever as orientações técnicas, considerando para o efeito de realização de testes que devem ser considerados todos os contactos e não restringir a contacto de risco".
O aumento da testagem tem sido defendido por vários especialistas, nomeadamente pelo epidemiologista Manuel do Carmo Gomes, que disse na terça-feira que a testagem em massa é a "arma principal" no combate à pandemia.
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