Os migrantes foram transferidos do navio de transporte de animais que os salvou do mar para um navio das forças armadas de Malta e depois levados para o continente, informaram várias organizações humanitárias que operam na área.

O navio, que acabara de entregar gado na Líbia, deslocava-se para a Espanha, mas na sexta-feira, após receber um aviso de que havia um barco à deriva com 52 pessoas, mudou de rumo para os resgatar.

Após o resgate, nem Itália nem Malta, os países europeus mais próximos, aceitaram assumir a receção destes migrantes e, por isso, estas pessoas passaram quase quatro dias abrigados na Talia.

A situação piorou desde que as condições do mar pioraram no domingo e a tripulação teve que transportá-los para os estábulos dentro do barco, que estavam sujos com excrementos de animais levados para a Líbia.

Várias fotos divulgadas no final de semana nas redes sociais por diferentes organizações não-governamentais (ONG), como a Mediterranea Saving Humans e a Open Arms.

No domingo passado, Malta permitiu o desembarque de dois migrantes por razões médicas.

Na terça-feira, o capitão do cargueiro, o sírio Mohammad Shaaban, implorou ajuda para permitir que essas pessoas desembarcassem.

“Ninguém ouve os nossos pedidos de ajuda. Estamos todos muito cansados e não podemos continuar assim. Precisamos desembarcar essas pessoas, porque estão a dormir em estábulos de animais que não puderam ser limpos antes do resgate”, insistiu o comandante num vídeo.

“Eles estão em péssimas condições, em péssimas condições. Quase não temos comida nem água. Por favor, espero que alguém nos ajude”, dirigindo-se às autoridades da União Europeia, Malta e Itália.

A organização Alarm Phone, que se dedica a receber alertas em barcos à deriva e que constantemente informa sobre a situação do cargueiro Talia, comemorou o desembarque depois de dias “em condições desumanas” e agradeceu pela “humanidade” da tripulação.

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