Sob o lema “Trump não és bem-vindo. Façamos a paz grande outra vez”, o protesto foi liderado por várias organizações não-governamentais (ONG) como a Amnistia Internacional e a Greenpeace e percorreu várias ruas de Bruxelas até chegar ao centro da capital belga.
Este é o segundo protesto que ocorre antes desta cimeira anual da Aliança Atlântica, que vai acontecer na nova sede da organização em Bruxelas.
O protesto foi convocado para contestar a “militarização de uma política internacional” que, segundo os organizadores, “exclui as pessoas”.
“Pedimos aos nossos líderes belgas e europeus para que não se inspirem na visão do mundo de Trump e resistam contra Washington. Pedimos que façam frente à sua visão desumana da política migratória”, afirmou, em declarações à agência noticiosa espanhola EFE, uma porta-voz da organização do protesto, Leila Lahssaini.
Segundo os organizadores, a manifestação reuniu entre 3.000 a 4.000 pessoas.
A mesma porta-voz salientou que o protesto foi “um sucesso” ao nível da participação, mas também porque conseguiu reunir pessoas das mais diversas áreas, de organizações ecologistas a movimentos feministas, passando por grupos pacifistas.
Para domingo está agendada outra ação de protesto, um ciclo de conferências pacifistas, junto ao Parlamento Europeu, no centro de Bruxelas.
No início deste mês, a imprensa norte-americana noticiou que Trump tinha enviado cartas aos aliados da NATO, queixando-se das contribuições insuficientes dos respetivos países junto da Aliança Atlântica.
Nas cartas, avançadas pelo jornal norte-americano The New York Times, Trump referiu que em 2017 formulou queixas em privado e em público para pressionar os países da NATO a contribuírem com 2% do Produto Interno Bruto (PIB) para a defesa comum.
Segundo a mesma notícia, Trump indicou que os pagamentos não foram “suficientes”, acrescentando que, na sequência de tal situação, os Estados Unidos podem vir a reconsiderar a “presença militar” a nível mundial.
A administração Trump também tem estado sob fortes críticas, internas e externas, por causa da aplicação de uma política migratória de “tolerância zero”, no âmbito da qual tem separado crianças menores indocumentadas dos respetivos pais, igualmente indocumentados, na fronteira entre os Estados Unidos e o México.
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