O Hashd al-Shaabi (Forças de Mobilização Popular) é uma coligação de paramilitares maioritariamente pró-iranianos agora integrada no Estado iraquiano.

Com palavras de ordem que pediam a retirada das forças estrangeiras do Iraque, os apoiantes do Hashd al-Shaabi – cujo o antigo número dois, Abu Mahdi al-Muhandis, também foi morto no ataque realizado pelos Estados Unidos em 2020 – reuniram-se para ouvir o líder do grupo, Faleh al-Fayad, e também Hadi al-Ameri, o líder da Aliança Fatah, apoiada pelo Irão.

Durante o seu discurso no centro da capital, Al-Ameri observou que Soleimani e Al-Muhandis “abriram caminho para libertar o Iraque do terrorismo”, segundo a agência de notícias oficial iraquiana INA.

Al-Ameri afirmou que “o sangue puro” dos dois assassinados é “o preço da retirada das forças ocupantes do Iraque”, quando a coligação internacional liderada pelos Estados Unidos encerrou formalmente a sua missão de combate em apoio às forças iraquianas na luta contra o grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico (EI).

Apesar do fim da missão, cerca de 2.500 soldados permanecerão no Iraque para prestar assessoria às forças iraquianas.

“Não aceitaremos nada além da retirada total como vingança pelo sangue de nossos mártires”, disse Al-Ameri durante o discurso.

Nos últimos anos, as posições militares da coligação foram alvo de ataques com foguetes e ‘drones’ (avião não-tripulado) que deixaram militares feridos e até mortos.

Os Estados Unidos acusam milícias pró-iranianas no Iraque de perpetrar esses ataques, que começaram logo após os assassinatos de Soleimani e Al-Muhandis.

Desde então, as milícias exigem a retirada das tropas estrangeiras do Iraque e ameaçam entrar em ação caso não o façam.

Qassem Soleimani, antigo comandante da Guarda Revolucionária do Irão, e outras nove pessoas morreram num ataque com um ‘drone’ norte-americano em 03 de janeiro de 2020 no aeroporto de Bagdad, no Iraque.

O Irão corresponsabilizou na sexta-feira o Governo do Presidente norte-americano, Joe Biden, pelo homicídio do general iraniano, morto após o ataque ser autorizado pelo anterior Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

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