O encontro deu-se na porta lateral do Palácio de Cristal onde alguns manifestantes do movimento “Juntos por Portugal”, que hoje organizou uma marcha de protesto que juntou vários setores, está concentrado para tentar chegar à fala com dirigentes socialistas.

À pergunta “porque é que nós não podemos entrar se estamos em democracia?” de uma das pessoas que a interpelou, Ana Catarina Mendes disse “tem direito a manifestar-se graças à democracia”.

A ministra entrou nos jardins do Palácio de Cristal e percorreu os cerca de 200 metros sempre “debaixo” das perguntas dos manifestantes e junto das câmara e microfones dos jornalistas, mas não deu mais explicações além de que “as pessoas podem e têm o direito de se manifestar”.

À Lusa, depois de Ana Catarina ter entrado, uma das pessoas que a interpelou, a professora Aurora Leal disse que “os professores não estão a ser ouvidos apesar de estarem todos os dias na rua”.

“Estamos num país democrático. Estamos a adormecer em democracia e vamos acordar em ditadura”, disse a professora.

Pouco antes, o secretário-geral socialista, António Costa, também foi interpelado por duas manifestantes à chegada ao recinto, mas não entrou em diálogo, seguindo para o interior do Pavilhão Rosa Mota.

Milhares de pessoas de vários setores, da educação ao alojamento local, passando pela justiça, manifestam-se hoje no Porto por ocasião da festa e 50.º aniversário do partido Socialista Português.

No interior do Pavilhão Rosa Mota são esperadas várias intervenções de dirigentes socialistas, entre os quais o secretário-geral do PS e primeiro-ministro de Portugal, António Costa.

(Notícia atualizada às 18h46)