Em causa estão os crimes de manipulação do sistema informático da Segurança Social, para anulação de dívidas de empresas, aumentos virtuais dos valores de pensões de reforma e atribuição fraudulenta de subsídios de desemprego, mediante recebimento de dinheiro.

Nas alegações finais, o Ministério Público pediu a condenação a prisão efetiva dos principais arguidos do processo, o ex-coordenador do serviço de atendimento do Areeiro do Centro Distrital de Lisboa da Segurança Social, António Botelho, e o ex-diretor do núcleo de gestão do cliente do centro distrital de Lisboa do Instituto de Segurança Social, Luís Mimoso Cerqueira.

António Botelho está acusado de 28 crimes de corrupção passiva e quatro crimes de falsificação de documentos, alguns dos quais em coautoria com outros arguidos.

Por sua vez, Luis Mimoso Cerqueira está acusado de nove crimes de corrupção passiva e três de falsificação de documento.

Entre os arguidos, está também o advogado Cláudio Pisco, acusado de seis crimes de corrupção passiva, em coautoria com António Botelho e Luís Cerqueira, dois de branqueamento de capitais, dois de detenção de arma proibida e três de falsificação de documentos.

No processo estão ainda acusados vários empresários e técnicos oficiais de contas de crimes de corrupção ativa e crimes de falsificação de documentos, além da sociedade S.Trading SA, que responde por dois crimes de branqueamento de capitais