“Não vou comentar o governo espanhol, aquilo que desejamos sempre em relação aos países amigos é que sejam países com sucesso”, disse o chefe de Estado português esta manhã, à margem de uma visita ao Centro Hospitalar Conde Ferreira, no Porto.

Marcelo Rebelo de Sousa, referiu que Espanha, “mais do que um país amigo, é um país vizinho e um país irmão, e ainda por cima é parceiro na União Europeia, na Aliança Atlântica, na Organização Ibero-Americana”.

“Estamos muito ligados. Tudo que corra bem para Espanha corre bem para Portugal”, disse.

O parlamento espanhol aprovou hoje a moção de censura que afasta o Governo de direita liderado por Mariano Rajoy e ao mesmo tempo elegeu o novo primeiro-ministro, Pedro Sánchez, líder do PSOE, que promoveu essa proposta.

Mariano Rajoy esteve no poder durante seis anos e Pedro Sánchez irá tentar acabar a legislatura que termina em 2020.

Marcelo escusou-se também a comentar a situação política em Itália: “Nem eu comento, nem o Governo português comenta, [os países] têm a sua vida interna e tudo o que for bom para eles é bom para Portugal”.

Questionado se a situação o deixa preocupado quanto à estabilidade dos mercados, o Presidente da República referiu que, “felizmente, entre ontem [quinta-feira] e hoje houve uma evolução nos mercados financeiros que, mesmo apesar da perturbação decorrente do anúncio de algumas medidas comerciais, mas de fora da Europa, permite parar aquilo que parecia ser um caminhar das taxas de juro com sentido negativo”.

“Se for assim, até ao fim dos mercados hoje e das próximas semanas isso é bom, é bom para todos, tal é a dimensão dos juros”, frisou, reafirmando que tudo indica “aparentemente ter diminuído a pressão da subida de juros nos mercados financeiros”, que “dá uma folga boa”.