Marcelo Rebelo de Sousa falava nos Passos Perdidos do Parlamento Federal suíço, num discurso em que alternou entre o alemão, o francês e o italiano, feito perante o Presidente da Suíça, Johann N. Schneider-Ammann, e outros membros do Conselho Federal deste país.
O chefe de Estado apresentou Portugal como "uma nação moderna e estável, uma economia aberta, dotada de excelentes infraestruturas, um Estado-membro da União Europeia, da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e da Comunidade Ibero-Americana".
Portugal tem "muito boas relações" com a Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa, concluindo: "Em suma, é um país que abre portas à iniciativa dos empresários estrangeiros".
"É pois tempo de nos empenharmos no incremento dos fluxos comerciais e de investimento entre os nossos dois países e de colocar o nosso relacionamento económico e empresarial ao nível da excelência que caracteriza as nossas relações políticas", defendeu.
O Presidente da República, que nesta parte do discurso falava em francês, mudou para o italiano, acrescentando que este é "um desafio essencial inadiável nesta época de mudança e incerteza".
Nesta intervenção feita em três das quatro línguas faladas na Suíça - a outra é o romanche -, Marcelo Rebelo de Sousa referiu-se de passagem às mudanças em curso nas regras de imigração neste país, na sequência de um referendo realizado em 2014.
"Portugal tem apoiado todas as iniciativas que permitam encontrar um compromisso mutuamente benéfico para a União Europeia e a Suíça, sobretudo no que respeita à livre circulação de pessoas", disse.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, também assistiu a esta intervenção do Presidente da República.
Antes, o chefe de Estado foi recebido com honras militares na praça em frente ao Parlamento, debaixo de chuva, e a seguir à revista às tropas quebrou o protocolo para ir cumprimentar alguns portugueses que se concentravam no local.
Marcelo Rebelo de Sousa dirigiu-se em primeiro lugar a uma mulher que durante a cerimónia gritava o seu nome: "Professor Marcelo! Viva o nosso Presidente!". Depois, foi cumprimentando outros emigrantes, com o Presidente suíço a acompanhá-lo, mas mais à distância.
Os presidentes português e suíço viajaram de Genebra para Berna num comboio especial, reservado às comitivas dos dois países, onde almoçaram.
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