Em declarações aos jornalistas à margem da sessão de encerramento da reunião de Academias Nacionais de Medicina de Portugal e do Brasil que, esta tarde, decorreu na aula magna da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), Marcelo Rebelo de Sousa respondeu a perguntas sobre a área da saúde, e começou por referir que não comentava o OE quando este está no "início do processo", mas depois expressou uma expectativa.
"Tenho por princípio que o Presidente da República só deve pronunciar-se no fim e não no começo do processo, mas daquilo que tenho encontrado na discussão acerca de temas da saúde e nas posições que tenho encontrado por parte do Governo, nomeadamente expressas no parlamento, parece resultar a consciência de que a saúde está neste momento a merecer um conjunto de meios acrescidos para poder, enquanto sistema, responder às necessidades dos portugueses. Essa é a minha leitura, veremos se se concretiza", disse o chefe de Estado.
Marcelo Rebelo de Sousa também respondeu a uma pergunta sobre a possível emigração de médicos portugueses com referências a mensagens que ouviu de "representantes" do Governo.
"Estive na semana passada numa cerimónia de juramento de Hipócrates com centenas de médicos de escolas de medicina de Lisboa e do Algarve e o representante do Governo que lá estava fez um apelo para não haver emigração dos médicos", começou por descrever o chefe de Estado para depois explicar como tinha interpretado esse "apelo".
"Entendi esse apelo como uma aposta dos poderes públicos em geral de criação de condições para que os médicos possam exercer aqui a sua atividade. Acredito que os próximos anos vão ser muito importantes para garantir que quem chega ao exercício da atividade médica encontra ainda mais condições para poder fazer a sua carreira em Portugal e servir Portugal e os portugueses", acrescentou.
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