O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, exigiu a saída de João Cravinho do Ministério da Defesa ao primeiro-ministro, António Costa, escreve esta sexta-feira jornal Público.
A intenção do responsável máximo pelas Forças Armadas foi colocar termo ao clima de tensão entre as principais chefias militares e o ex-ministro da Defesa, relacionada com várias polémicas como a nova Lei Orgânica de Base das Forças Armadas e com a nomeação de alguns responsáveis militares - exemplo disso foi a nomeação falhada do almirante Gouveia e Melo para chefe do Estado-Maior da Armada.
Marcelo não se opõe à continuação de João Cravinho no Governo, agora com a tutela do Ministério dos Negócios Estrangeiros, por entender que a guerra da Ucrânia exige “continuidade nas políticas do Governo".
Além disso, a saída de Augusto Santos Silva, candidato ao cargo de Presidente da Assembleia da República, deixa João Gomes Cravinho como único elemento do atual Governo a ter participado nas reuniões nas quais se discutiu a estratégia europeia e da NATO, possibilitando “alguma continuidade”.
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