A morte de Nahel, adolescente de 17 anos baleado pela polícia nos subúrbios de Paris, depois de ter recusado parar numa barreira policial, tem causado muita revolta.

A mãe do adolescente convocou uma marcha em homenagem ao filho, encabeçando a manifestação e pedindo justiça. A "marcha branca" começou ao princípio da tarde com a presença de milhares de participantes agrupados atrás de uma faixa com a palavra de ordem "Justiça para Nahel", aos gritos de "Nunca mais".

O que deveria ter sido uma marcha pacífica, acabou em violência, tumultos e confrontos com as forças de segurança. A polícia de choque recorreu a gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes quando alguns deles tentaram ultrapassar as barreiras de proteção.

A porta-voz do Ministério do Interior francês, Camille Chaize, indicou que a marcha começou de forma calma, mas que depois a situação mudou, tendo sido incendiados vários veículos, contentores e mobiliário urbano.

O Governo francês já havia destacado 40 mil polícias por receio de novos protestos noturnos, depois de 170 agentes terem ficado feridos sem gravidade na noite de quarta-feira. “Vamos fazer todos os possíveis para que regresse a ordem”, destacou o ministro do Interior Gérald Darmanin.

*Com agências