Cerca de 300 associações, sindicatos, grupos ambientalistas, antirracistas, feministas e anti-pobreza organizaram 83 eventos em Paris, Estrasburgo, Lyon e Toulouse. Entre as organizações estavam as internacionais “Greenpeace” e “Friends of the Earth”, e a francesa Fundação Abbé Pierre, de apoio a pessoas desfavorecidas.
Em Paris, 5.600 manifestantes, segundo a polícia, 35.000 segundo os organizadores, desfilaram em marchas batizadas “para o futuro” pelos organizadores.
“É uma reunião sem precedentes”, disse Lorette Philippot, porta-voz da “Friends of the Earth”, que disse também ser uma “oportunidade de falar sobre questões que foram esquecidas durante a campanha”.
Estas marchas inéditas e unidas terão reunido um total de 60.000 manifestantes de acordo com os organizadores.
Na iniciativa os participantes tiveram o cuidado de evitar bandeiras de partidos políticos, a fim de respeitar o dia de reflexão, uma vez que a lei proíbe desde a meia-noite de sexta-feira qualquer propaganda eleitoral.
“Ser um antirracista ou feminista é ser necessariamente um ambientalista. A defesa do clima transmite uma visão mais ampla de uma sociedade mais justa”, explicou Alex Montvernay, 29 anos, porta-voz de Alternatiba, uma associação que esteve na organização das marchas.
“Aconteça o que acontecer a nível eleitoral, é demasiado tarde. O IPCC (Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas) deu três anos para inverter a curva das emissões de carbono”, disse à AFP um porta-voz do coletivo “There’s still time” e membro da “Extinction Rebellion”, um movimento criado no Reino Unido que propõe mais ação na luta contra as alterações climáticas.
Os peritos em clima da ONU publicaram desde o final de fevereiro dois relatórios de referência sobre o clima, confirmando a urgência de inverter muito rapidamente a curva das emissões de gases com efeito de estufa.
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