“Esta eleição na política interna em Portugal na verdade não muda nada. Nós temos um princípio de credibilização e de responsabilização das políticas económicas em Portugal, ela é feita com certeza no contexto económico e monetário em que Portugal se encontra, e isso era assim antes desta eleição, e vai ser assim após esta eleição”, declarou.

Numa conferência de imprensa para os jornalistas portugueses, depois de já ter participado pela primeira vez na conferência de imprensa no final da reunião do Eurogrupo, quando o ainda presidente Jeroen Dijsselbloem o apresentou como seu sucessor, Centeno sublinhou várias vezes que a sua eleição deve ser vista como “uma distinção sem paralelo para o país”, e que em nada altera os princípios que têm vindo a ser seguidos na governação nacional.

“Nós temos um conjunto de compromissos na governação em Portugal que não são de todo colocados em causa com esta eleição (…) Nós temos um conjunto de princípios que são do PS, que estão no programa de Governo e que em nada prejudicam a governação que está acordada com os nossos parceiros parlamentares, que, como é evidente, honramos e que, como é evidente, vai continuar a ser também parte daquilo que é a política nesta legislatura”, afirmou.

Sustentando que “as políticas em 2015 colocaram o país à beira de um processo de sanções e de suspensão dos fundos estruturais”, Centeno considerou que o que o Governo tem feito desde essa altura é “a credibilização da condução da política económica, em particular orçamental, em Portugal”, hoje reconhecida como uma história de sucesso.

“No meu entender, apenas essa credibilização permitiu que hoje o ministro das Finanças de Portugal, que por acaso se chama Mário Centeno, fosse eleito por unanimidade presidente do Eurogrupo. Essa é a maior conquista de Portugal em todo este processo”, declarou.

Centeno considerou mesmo que a sua eleição, enquanto ministro das Finanças de Portugal, é motivo de “enorme honra” pessoal, mas sobretudo “uma distinção” sem paralelo para o país.

“É muito diferente de outras eleições de outros portugueses noutros contextos, que são também importantes, mas que não têm a ver com a qualificação de ser ministro de Portugal, neste caso das Finanças”, argumentou.

Mário Centeno rejeitou por outro lado a ideia de que a sua eleição represente responsabilidades “acrescidas ou novas” para Portugal, – recordando uma vez mais que “há um ano” estava “aqui”, em Bruxelas, “a lutar para que o país não tivesse suspensão dos seus fundos estruturais -, comentando que representará antes “um novo patamar dessa exigência”.

“Mas estou certo que é um nível de exigência a que Portugal e os Portugueses estarão dispostos e orgulhosos de podermos estar neste momento nesta posição. Eu continuo a ser ministro das Finanças de Portugal, e isso é uma enorme diferença face a outras situações com as quais esta eleição possa ser comparada. Traz para o país uma distinção que nenhuma outra até hoje tinha trazido”, considerou.

[Artigo atualizado às 19:43]

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