Em declarações à Lusa, Fernando Medina referiu ter recebido “com profunda tristeza” a notícia da morte de “uma das figuras maiores da História e das últimas décadas da vida” de Portugal.
Mário Soares morreu hoje, aos 92 anos, no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa, onde estava internado desde 13 de dezembro.
Para o autarca socialista, o que os portugueses devem a Mário Soares “não é fácil de enumerar”. “Mário Soares lutou pela Democracia, pela Liberdade, esteve preso, esteve exilado, bateu-se para que Portugal fosse um estado democrático e que aderisse às comunidades económicas europeias”, destacou.
Fernando Medina salientou que Soares “não esteve sozinho, teve ao seu lado dezenas, centenas, milhares de resistentes antifascistas, de portugueses, de patriotas, que defenderam e construíram a Democracia ao seu lado depois do 25 de Abril”, mas, “é figura cimeira, a figura de referência, o pai da Democracia” em Portugal.
O presidente da Câmara de Lisboa considera que “nenhuma homenagem será suficiente para honrar aquilo que Mário Soares deixa”. No entanto, “há algo que as novas gerações, que tiveram a felicidade de nascer, de crescer, de viver sempre na Democracia, por quem ele tanto se bateu”, podem fazer: “prosseguir a luta pelo seu legado, o legado da Liberdade, da Democracia, da Justiça, do Desenvolvimento, da Tolerância”.
“São esses valores muito importantes, muito marcantes, muito fortes que são o seu fundamental legado e que nos caberá agora a todos saber proteger”, disse.
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