O primeiro-ministro português afirmou hoje, ao lado do secretário-geral da NATO, que o compromisso do Governo em reforçar o seu investimento em Defesa será feito sem “colocar minimamente em causa o equilíbrio financeiro” ou o Estado social.

Luís Montenegro falava à imprensa, no final de um almoço de trabalho com o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, na residência oficial em São Bento, em Lisboa, em que ambos prestaram declarações sem direito a perguntas.

“O Governo português vai caminhar para reforçar o seu investimento em defesa sem colocar minimamente em causa o seu equilíbrio financeiro, contas públicas saudáveis, um país estável, um país seguro, um país atrativo para colocar a economia a crescer”, disse o primeiro-ministro.

Montenegro defendeu que se o país não conseguir ter “o Estado social salvaguardado”, não terá recursos humanos para promover as mudanças que irão colocar a economia a crescer.

“Se nós não conseguirmos colocar a economia a crescer não temos meios para investir na defesa, como noutras políticas públicas”, afirmou, dizendo confiar na experiência de Mark Rutte como antigo primeiro-ministro dos Países Baixos para compreender a necessidade deste equilíbrio.

Pouco antes, Montenegro, que falou antes do secretário-geral da NATO, tinha afirmado que Portugal está disponível para antecipar “ainda mais” o calendário que prevê que o país atinja em 2029 um investimento de 2% do Produto Interno Bruto no setor da defesa.

Logo em seguida, Mark Rutte disse compreender o esforço de Portugal em aumentar os seus gastos em defesa, mas alertou que o objetivo dos 2% anunciados há uma década “não serão suficientes para enfrentar os desafios do amanhã”.

*Com Lusa