O gabinete, que entrou hoje em funcionamento, é integralmente constituído e coordenado por técnicos deste município, do distrito do Porto, referiu, em comunicado.

O objetivo do gabinete é dar apoio na reconversão e integração profissional dos trabalhadores e, no caso de empresas, prestar acompanhamento no âmbito dos instrumentos de financiamento previstos para mitigar os efeitos negativos da transição energética, explicou.

Para ter acesso ao mesmo, os trabalhadores e empresas afetadas devem preencher um formulário disponível na página oficial da câmara para, desta forma, esta proceder à sua identificação.

“Saber quem são e quais os perfis que apresentam é o primeiro passo. Numa fase posterior, já na posse destes dados, serão traçados planos personalizados”, adiantou a autarquia.

Na semana passada, cerca de uma centena de trabalhadores concentraram-se frente à Câmara Municipal de Matosinhos reivindicando a reativação da refinaria e acusando o primeiro-ministro, António Costa, de “mentir” sobre esta matéria.

A Galp desligou a última unidade de produção da refinaria de Matosinhos em 30 de abril, na sequência da decisão de concentrar as operações em Sines.

A petrolífera justificou a “decisão complexa” de encerramento da refinaria com base numa avaliação do contexto europeu e mundial da refinação, bem como nos desafios de sustentabilidade, a que se juntaram as características das instalações.

O encerramento da refinaria de Matosinhos, em abril, representa perdas de 5% do PIB em Matosinhos e de 1% na Área Metropolitana do Porto, segundo um estudo socioeconómico a que a Lusa teve acesso.

O estudo, encomendado pela Câmara Municipal de Matosinhos à Universidade do Porto para avaliar os impactos socioeconómicos do fecho do complexo petroquímico no concelho, traça um “cenário particularmente grave” para a região Norte e para o país, caso não seja dado qualquer destino àquela instalação industrial.

O Estado é um dos acionistas da Galp, com uma participação de 7%, através da Parpública.

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